Eu possuo uma maneira muito única, assim acho eu, para caracterizar certas obras literárias. Quando um livro me prende à história e me faz querer lê-lo desesperadamente, costumo chamá-lo de livro bolo-de-festa. Chamo-o assim, pois preciso me controlar para não devorá-lo de uma só vez. Devo saber apreciá-lo com calma e cadência para que tenha o sabor adequado. Recentemente me vi em situação como essa ao ler Crepúsculo. Escrito por Stephenie Meyer, ele narra a história de Bella Swan, uma jovem de 17 anos que decide ir morar com o pai na pequena e chuvosa cidade de Forks, Washington. Acostumada com o calor de Phoenix, Bella passa por maus momentos até se acostumar com o clima do local. Ela realmente tenta se integrar e fazer novos amigos, mas seus planos de normalidade fracassam de maneira teatral quando ela toma conhecimento da família Cullen. Alice, Rosalie, Emmet, Jasper e Edward, são as pessoas mais estonteantemente lindas que Bella já viu na vida. A jovem se sente atraída por Edward Cullen de imediato. A princípio, ele a evita, mas com o tempo, e graças a acontecimentos muito estranhos, ele também começa a se aproximar de Bella. O problema é que Edward não é um garoto comum. Para ser mais específico, além do prazer pela velocidade, ele possui uma palidez desconcertante, uma força descomunal e uma sede que incita seus extintos mais animais. Sim, Edward Cullen é um vampiro!
A partir daí o livro é só emoção. As descrições das belezas do jovem vampiro e o amor que Bella cativa por ele são inspiradores. Em alguns momentos é um pouco romântico demais, porém não se enquadra no estilo água-com-açúcar. Além disso, à medida que Bella vai contando a história (o livro é narrado em 1º pessoa), seus pensamentos vão se tornando cada vez mais interessantes, diria mesmo irresistíveis. Sua forma de pensar é um misto de sarcasmo, amor incondicional, paixão avassaladora e comédia pungente. Para completar, existe ainda um suspense angustiante. O tempo todo se espera por um beijo, e nos capítulos finais as reviravoltas ocorrem de forma tão consecutiva, que as páginas praticamente passavam voando diante de meus olhos. Como Bella mesmo repete tantas vezes, eu tinha que me lembrar de como era respirar.
Ao terminar a leitura, com uma certa tristeza por ter acabado, descobri que o filme homônimo à obra será lançado aqui no Brasil dia 18 de dezembro. Tive que conter a empolgação crescente que me assolou no momento. Entretanto, alguns amigos foram vítimas de scraps desesperados, onde profetizei meu infarto iminente se eu não fosse ver a película na estréia. Provavelmente existe uma tsunami de pessoas esperando pelo filme, assim como eu. A série de livros cujo primeiro título é Crepúsculo, tornou-se besteller mundial; mas posso balançar a bandeira da inocência e afirmar que comprei o livro por pequenas indicações e também por curiosidade, e não para seguir uma nova tendência. Como eu já disse antes, tenho uma habilidade incomum de descobri-las antes que elas estourem na mídia.
O importante é dizer que elegi Crepúsculo como meu livro do ano, e que em breve lerei Lua Nova. Haverá uma crítica ao filme também, já que não poderei deixar de assistir. Mas peço encarecidamente que não deixem de conhecer o livro. Garanto ótimos momentos de alegria. Porém é melhor aceitar que estes passarão rápido, pois é quase impossível parar de ler!