Uma vez, quando tinha de 12 para 13 anos, peguei-me envolto a uma corrente de pensamentos sobre fotografia. Imaginava que naquele momento, se tivesse uma câmera, seria capaz de me tornar um grande fotógrafo e que qualquer pôr-do-sol seria simples e fácil de enquadrar. Rapidamente comecei a formular planos. O sucesso era garantido, só me bastava o equipamento necessário! Porém, acabei guardando todas aquelas idéias e desejos em uma pequena câmara escura em minha cabeça. Não poderia levar aquilo à frente já que não tinha acesso a câmeras analógicas e as digitais só existiam em uma realidade que decididamente não era a minha. Além disso, ninguém em sã consciência me daria uma máquina fotográfica. Eu era completamente avoado, me distraía com facilidade e esbarrava em tantas coisas que minhas canelas eram um verdadeiro mosaico de manchas roxas. (vale dizer que eu continuo sendo distraído e avoado, mas minhas pernas agora são de uma cor uniforme).
Os anos foram passando, eu entrei na faculdade de Publicidade e Propaganda, e fiquei animadíssimo ao saber que teria uma matéria de fotografia. Um raio de esperança entrou na esquecida câmara escura e os pensamentos de outrora foram acordados Por motivos de qualidade de ensino, acabei transferindo meu curso para o IESB e estarreceu-me saber que a matéria de fotografia publicitária tinha sido retirada da grade após uma reformulação na faculdade. Até hoje não me conformo, e acho esta, a pior falha no currículo do curso.
Nas férias de julho desse ano, decidi que havia chegado a hora de iluminar a escuridão da câmara. Inscrevi-me num curso de fotografia básica, e me encantei quando percebi que os planos feitos na infância reapareciam intactos e que poderiam se tornar realidade. Com algum esforço, eu conseguia capturar o mundo da maneira como o via. E o mais importante: eu podia compartilhar minha ótica com os outros.
Algumas coisas, entretanto, provaram ser diferentes do que eu acreditava. Fotografar não é apenas apontar a câmera e apertar um botão. Fotografar é conseguir enxergar formas, poses e novas disposições em elementos ignorados no dia-a-dia. É não ter vergonha de se jogar num canteiro de flores no meio de um cruzamento pra eternizar o pouso de uma abelha. É deitar de barriga no chão em um parquinho de areia para ter o registro de uma criança brincando. É não ligar para o olhar de espanto ou admiração dos outros enquanto se busca a luz ideal. Quando tenho uma câmera nas mãos, faço tudo isso sem perceber. Sou levado pelo mundo das imagens e acabo descobrindo diminutas cenas de paz em nosso mundo tão conturbado. Momentos como esse, deveriam ser vividos por todos ao menos uma vez. Talvez assim conseguíssemos enxergar uma realidade mais amena, que está sempre ao nosso alcance, mas que não vemos por andarmos sempre rápido demais.
Alguns trabalhos amadores (sim, pois sei que tenho muito o que aprender) estão aqui.
Os anos foram passando, eu entrei na faculdade de Publicidade e Propaganda, e fiquei animadíssimo ao saber que teria uma matéria de fotografia. Um raio de esperança entrou na esquecida câmara escura e os pensamentos de outrora foram acordados Por motivos de qualidade de ensino, acabei transferindo meu curso para o IESB e estarreceu-me saber que a matéria de fotografia publicitária tinha sido retirada da grade após uma reformulação na faculdade. Até hoje não me conformo, e acho esta, a pior falha no currículo do curso.
Nas férias de julho desse ano, decidi que havia chegado a hora de iluminar a escuridão da câmara. Inscrevi-me num curso de fotografia básica, e me encantei quando percebi que os planos feitos na infância reapareciam intactos e que poderiam se tornar realidade. Com algum esforço, eu conseguia capturar o mundo da maneira como o via. E o mais importante: eu podia compartilhar minha ótica com os outros.
Algumas coisas, entretanto, provaram ser diferentes do que eu acreditava. Fotografar não é apenas apontar a câmera e apertar um botão. Fotografar é conseguir enxergar formas, poses e novas disposições em elementos ignorados no dia-a-dia. É não ter vergonha de se jogar num canteiro de flores no meio de um cruzamento pra eternizar o pouso de uma abelha. É deitar de barriga no chão em um parquinho de areia para ter o registro de uma criança brincando. É não ligar para o olhar de espanto ou admiração dos outros enquanto se busca a luz ideal. Quando tenho uma câmera nas mãos, faço tudo isso sem perceber. Sou levado pelo mundo das imagens e acabo descobrindo diminutas cenas de paz em nosso mundo tão conturbado. Momentos como esse, deveriam ser vividos por todos ao menos uma vez. Talvez assim conseguíssemos enxergar uma realidade mais amena, que está sempre ao nosso alcance, mas que não vemos por andarmos sempre rápido demais.
Alguns trabalhos amadores (sim, pois sei que tenho muito o que aprender) estão aqui.