14:00 - Sai de casa determinado. Nada me impediria a ir ao CCBB naquela tarde. Após duas visitas marcadas e desmarcadas resolvi ir sozinho à exposição Nippon, em comemoração aos 100 anos da imigração japonesa ao Brasil. Ignorei o tempo nublado e a boa caminhada que faria até o metrô.
14: 51 - Desembarquei feliz na estação Central. Consegui vir sentado e ainda ao lado de gente normal. (pessoas excêntricas são adeptas desse tipo de transporte público). Não estava chovendo. Decidi ir direto à parada do Teatro Nacional, esperar pelo ônibus que me levaria até o CCBB.
15:15 - Pasmem! O ônibus que o Banco do Brasil fornece de graça é parceiro do relógio. Se por acaso chegar mais cedo a uma parada, o motorista espera a hora certa de sair. Nunca andei em algo tão pontual.
16:00 – CCBB. Originalmente, decidi ir a essa exposição por indicação de uma grande amiga minha, que simplesmente desmarcou comigo um dia antes. Apesar da desfeita, eu sabia que a exposição estava lindíssima e que não poderia perder. Mas o que vi excedeu minhas expectativas. Tudo o que foi exposto e apresentado era de uma beleza ímpar. Os quimonos, que combinam as cores de acordo com as estações do ano. As armaduras feitas de couro, ferro e corda. As espadas samurais com mais de 900 anos. Tudo me remetia a um passado riquíssimo. Nippon apresenta a cultura japonesa através dos seus aspectos artísticos. A exposição é dividia em caminhos, que eram percorridos para alcançar a perfeição e atingir a iluminação por meio da disciplina. Lá estão o ikebama (caminho das flores), o chadô (caminho do chá), o shodô (caminho da escrita) o origami (caminho do papel) e a arte da porcelana. Existem alguns pontos que merecem destaque por sua capacidade de chamar minha atenção: Os documentos de imigração do navio Kassato Maru; a parte dedicada ao estilista Jum Nakao; Os balões da caixa de vidro; as inusitadas onomatopéias de animes, que são apresentadas de maneira tão diferente que seria necessário um post exclusivo. Para quem achou pouco, ainda existe um balão no qual é possível subir a alguns metros para apreciar a bela vista do lago e da terceira ponte. Infelizmente essa atração não estava funcionando devido o mau tempo.
17:50 - Vou embora do CCBB sob uma fraca garoa, levando comigo uma leve sensação de irrealidade após ter visto tanta beleza.
18:05 – De volta ao Teatro Nacional, corro até o metrô. A garoa tinha se transformado em uma chuva que ameaçava engrossar.
19:00 Em casa novamente.
Segunda 22 de setembro de 2008
00:32 – Termino o post afirmando: Nippon – 100 anos de integração Brasil – Japão : Altamente recomendado! Drix, você perdeu!