sexta-feira, outubro 31

É o Halloween !

Ok... O Halloween pra mim é a terceira ou quarta melhor data festiva. Obviamente, esse feriado não é comemorado como se deve aqui no Brasil, mas nos EUA e em alguns lugares da Europa, 31 de outubro é dia de festa.

Originalmente o Halloween nasceu na Irlanda (e que lugar perfeito para nascer não é mesmo?!) onde os povos Celtas (eles eram tãaao legais) comemoravam o Samhain. Esse festival era realizado entre 30 de outubro e 2 de novembro. Essa data coincidia com o fim do verão e também com o ano novo Celta. Com o tempo, estabeleceu-se uma data fixa para a comemoração e a partir daí ela ganhou novo significado. Os irlandeses acreditavam, que no dia 31 de outubro as almas voltavam à Terra para possuir as pessoas (essa parte não tem graça por que dá medo ¬¬). Por esse motivo, a data passou a ser chamada de Halloween, que em tradução pode ser dia das bruxas, dia de todos os santos ou Encontro das Almas (não gostei dessa última ¬¬ 2). Acreditando que as almas voltavam e possuíam as pessoas no ultimo dia de outubro, os irlandeses passaram a se fantasiar de maneira espalhafatosa e a desfilar dessa maneira pelo bairro. O intuito era espantar as almas que procuravam corpos para possuir (arrepio gelado pela espinha ¬¬ 3). Alem disso, eles costumavam apagar fogueiras e lareiras deixando assim o ambiente incômodo e frio para os fantasmas.

Esta tradição chegou aos Estados Unidos em 1840 junto com os imigrantes irlandeses que fugiam da fome que assolava seu país de origem. A data se tornou tão importante por lá que virou feriado nacional e também a mais popular festa norte-americana. No Brasil, o Halloween não recebe muita atenção. Um dos grandes motivos talvez seja nossa raiz cristã, que não vê com bons olhos a comemoração de uma data chamada “Dia das Bruxas”.

Eu particularmente cultivo a tradição de assistir a filmes de terror no dia de hoje. Não que isso seja inovador, já que a maioria das pessoas faz isso, mas é uma forma simples de “comemorar” esta data. O filme desse ano foi “O albergue 2”, e antes que alguém venha dizer que esse filme é antigo, vou logo avisando que filmes de terror não são meus preferidos, portanto para mim a maioria deles é lançamento. Para vocês, um Happy Halloween, ou na maneira brasileira de dizer: um feliz dia das bruxas...

Anh... e por via das dúvidas, é melhor dormir com a janela aberta ou dar um jeito de esfriar o quarto... nunca se sabe o que pode acontecer não é mesmo!?... Bons sustos a todos ^^.

quinta-feira, outubro 23

Janelas

Pela janela do quarto, vejo a rua onde passei minha infância. Amizades terminaram e outras começaram, mas ela continua a mesma

Pela janela do hospital, vejo um belo flamboyant. Verde e laranja, ele cresce alheio aos dramas e percalços que ocorrem dentro daquele prédio.

Pela janela do ônibus, vejo a cidade a passar. Durante o dia ela é puro movimento. Todos correm por que estão apressados, o tempo todo atrasados. À noite as luzes se acendem e transformam a titã de pedra e concreto em uma obra de arte iluminada.
Pela janela do metrô eu vejo um mundo que passa depressa. Cena após cena, tudo se transforma em um borrão, ora colorido quando estamos na superfície, ora cinza e compacto quando estamos no subterrâneo.
Pela janela do avião, vejo megalópoles inteiras transformarem-se em formigueiros e percebo nossa pequenez diante da imensidão do mundo em que vivemos.

Quando abro um livro, abro também uma janela para um mundo paralelo. Por ela vejo coisas fantásticas, que me fazem viajar mesmo que eu esteja deitado no sofá de casa.

Quando ligo a TV, permito que aquela caixa se transforme em uma janela, e que atores e atrizes, jornalistas e humoristas desenhem para mim uma paisagem criada por eles.

Quando ligo o pc e acesso a internet, conecto-me com um mundo de janelas, todas abertas e mostrando qualquer coisa que possa ser interessante a qualquer um.

Quando me olho no espelho, deparo-me com uma janela-imitação. Chamo-lhe assim, pois esta somente reproduz o que vê.

Quando observo uma foto, vejo uma janela aberta para o passado que também deixa passar um fluxo ininterrupto de lembranças boas... ou ruins.

Quando observo uma obra de arte, vejo uma janela criada por um artista. Como uma esfinge, ela precisa ser decifrada, interpretada para que a paisagem real possa aparecer.

Quando converso com alguém olhando em seus olhos, me deparo com a janela mais bela e importante de todas. No fundo dela, se encontra a essência de uma vida. A única coisa que é inacessível ao empirismo humano. No fundo dos olhos, eu vejo a alma do outro, e mesmo que ela se esconda e construa barreiras para se proteger, sempre existe um brilho no olhar, diferente para cada um, que comprova sua existência.

Nossa vida é um eterno passar de janelas, e conseguir admirar e não somente ver o que elas nos mostram é um dom verdadeiro.

segunda-feira, outubro 13

Viciados em séries

Há um ano, se me perguntassem algo sobre séries norte-americanas, eu faria uma básica cara de paisagem e diria “aanh.. eu não assisto muitas, não”. Na verdade, eu só poderia falar a respeito das primeiras temporadas de Heroes e Lost, séries super-badaladas aqui no Brasil. Este ano porém, a situação foi bem diferente. Devido a certas influências (leia-se Jana e Maisa), tornei-me um viciado.

Praticamente não assisto mais a TV aberta daqui, apenas alguns programas e jornais. Meu computador é minha nova televisão, e sei que isso não está acontecendo só comigo. Estamos passando por uma nova onda de migração, onde milhares de pessoas estão parando de assistir televisão aberta e abrindo mão da TV paga, para acompanhar as novidades pelo pc. Os motivos são vários. Para a TV aberta podemos citar a incrível incapacidade de apresentar programas que valorizem nossa inteligência. Na verdade, a maioria das coisas que vemos ali são fórmulas prontas que servem mais para massificar do que para instruir. Já a TV paga, mesmo tendo programas interessantes, as vezes exibe séries com até um ano de atraso. Posso ainda me valer do fato de que talvez estejamos cansados das intermináveis novelas, que sempre acabam na melhor parte e nos fazem esperar para o capítulo do dia seguinte. Isso não acontece com as séries, que sempre têm começo, meio e fim. E por mais suspense que elas levantem, temos sempre algumas respostas durante os episódios.

Atualmente acompanho 7 séries, cada uma com sua peculiaridade:

House m.d - se passa em um hospital escola, onde uma equipe de médicos do departamento de diagnósticos se depara diariamente com casos de difícil explicação. Além de lidar com uma gama de doenças, eles têm de encarar o sarcasmo e o constante mau humor do Dr. Gregory House, interpretado perfeitamente por Haugh Laurie.




Pushing Daisies - drama romântico, conta a história do jovem Ned, que possui um dom especial. Ele pode tocar coisas mortas e trazê-las de volta à vida. A trama se desenrola a partir do momento em que Ned revive sua paixão de infância Charlotte Charles e passa a lidar com as confusões que esse fato acarreta.

Dexter- um suspense criminal de tirar o fôlego, fala sobre a vida dupla do personagem principal, homônimo ao título da série. Para todos ele é o especialista em sangue da polícia de Miami. Interiormente, ele é um assassino desprovido de emoções, que sacia sua sede de sangue naqueles que merecem.

Heroes – um tipo de aventura e ficção, enfoca a descoberta de um grupo de pessoas que possuem “habilidades”, para não dizer super-poderes. A história se monta a partir de ações e atitudes de vários personagens que vivem constantemente tentando salvar o mundo de uma iminente catástrofe ou provocá-la buscando interesses próprios.


Ugly Betty – comédia vencedora do Emmy, conta a história de Betty Soares, secretária de Daniel Meade, editor da Mode, uma badalada revista de moda. As armações criadas pelos outros diretores e o completo descaso de Betty com o mundo da moda são de matar de rir.


Brothers & Sisters- um drama familiar, que conta a história dos Walkers, uma família tão problemática como todas as outras. Ótima serie para perceber que problemas familiares atingem a todos.




Lost – um avião cai em uma ilha deserta deixando alguns sobreviventes. A partir daí milhares de fatos estranhos e aparentemente sem conexão, começam a ocorrer. Despensa maiores comentários.




Alternando os períodos de seasonfall e midfall, vou me apaixonando cada vez mais por estas e novas séries. Elas exploram um mundo que é agradável e me oferecem um entretenimento de qualidade.

Podem baixar algumas delas aqui.

quinta-feira, outubro 9

Paris je T´aime

Paris, França. Esse é o destino dos meus sonhos. Quem me conhece um pouco, sabe que eu nutro um amor incondicional pela cidade-luz. O Louvre, a Torre Eiffel, o Jardim das Tuileries, o Arco do Triunfo, a grande biblioteca, o Montparnasse, o canal de San-Matieu,a Champs Elysees; tudo isso me encanta e me faz sonhar.

Analisando criticamente os locais descritos, dá pra perceber que se fosse a Paris hoje, eu seria apenas mais um turista perdido na cidade. Sim, pois os locais que eu gostaria de visitar são os mesmos que todo mundo conhece.

Domingo passado, porém, isso mudou. Ao assistir o filme “Paris je T´aime”, percebi que a cidade que eu quero visitar é outra. O que eu quero realmente conhecer em Paris são as pequenas coisas do dia-a-dia, as atitudes dos parisienses, as idiossincrasias daquele lugar. Obviamente, a parte mais glamurosa da cidade continua a me despertar interesse, mas não tanto quanto antes.

Paris je T´aime é um filme coletivo. A 18 famosos diretores foi proposto contar casos de amor, tendo como plano de fundo Paris. Podia ser qualquer tipo de amor: entre amigos, entre desconhecidos, entre pai e filho, entre irmãos, entre pessoas que já se foram, entre pessoas que não se foram, mas que estão longe... O resultado são duas horas da mais bela arte. Feito com pura simplicidade, o filme extravasa reflexão. Os curtas mostram sem perder o ritmo, que a beleza de Paris está em todos os lugares. Numa estação de metrô, numa pracinha escondida, no alto de um prédio. Onde quer que haja um parisiense amando, ali está um pontinho de luz.

Eu particularmente não estou acostumado com filmes assim. No começo tentei estabelecer paralelos entre os curtas, mas isso logo provou ser uma tarefa dispensável. A beleza de Paris je T´aime é justamente se deixar levar por diversas histórias aparentemente desconexas. Ao longo das narrativas, um fato me chamou a atenção: originalmente, Paris deveria aparecer como plano de fundo nos curtas. Mas para mim que sou apaixonado pela cidade, a cada narrativa, ela resplandecia amor e encanto sobre seus personagens.

Para esse filme, não só 5 estrelas e um Leão de Cannes. Mas sim toda uma constelação e uma salva de palmas de ouro. Para os apaixonados por Paris (e isso inclui você Nathália) fica a obrigação de assistir. Para mim, fica a convicção de um sentimento e a certeza de poder dizer: Oui Paris, jê T´aime, j´adore.

Site oficial aqui.

Este post deve ser lido escutando a primeira-dama

domingo, outubro 5

Noites de Tormenta

Todos os filmes mexem com nossas emoções de alguma maneira. Podem nos alegrar, irritar, nos fazer rir, ou mesmo chorar. Porém, quando os assistimos no cinema a história é diferente. Tudo se torna mais real, mais alheio a nossa vontade.

Ontem assisti “Nights in Rodanthe”, ou em sua versão em português “Noites de Tormenta” e posso afirmar que é o tipo de filme próprio para as grandes telas. Ele conta a história de Adrienne, mãe de dois filhos e recém-separada que tenta superar o término do casamento apesar das tentativas de reconciliação do ex-marido. Para espairecer, Ade decide passar um fim de semana na pousada de sua amiga, já que esta precisava viajar. Lá ela cuida de um único hóspede, o médico Paul, que depois de uma cirurgia mal sucedida tenta reconquistar a confiança do filho e confortar de alguma maneira a família de sua paciente. A medida que os dias vão passando, os dois vão se tornando mais íntimos, e numa noite de tempestade, finalmente ficam juntos. A partir daí, um belo amor se desenrola por meio de cartas, já que Paul precisava fazer uma viagem. Como não poderia faltar, o final guarda uma surpresa desconcertante.

Em Noites de Tormenta, tudo é arranjado para que o clima de romance seja percebido em diversos momentos. Desde a casa da pousada, uma belíssima construção a beira-mar, até a festa do caranguejo da pequena cidade, tudo remete a um singelo amor. Em uma cena no ateliê da pousada, Adrienne mostra a Paul uma caixinha de madeira que ela fez. Segundo ela, aquela caixa servia para proteger tudo e todos que ela amava. Paul não perde a chance e lança uma pergunta clássica “E quem protege você?”. Momentos assim permeiam todo o filme e deixam no ar um sentimento de doce paixão.

Escrito por Nicholas Sparks, o mesmo criador de “Um amor para recordar” e “Diário de nossa paixão”, o filme é dirigido por George C Wolfe. O elenco é formado por Diane Lane, Richard Gere, James Franco, Scott Glenn, Christopher Meloni, Mae Whitman, Viola Davis, Pablo Schreiber, Charlie Tahan, Austin James.

Uma peculiaridade que só o cinema oferece é poder analisar a reação de diversas pessoas ao que está sendo exibido. Ao longo do filme escutei risadas, alguns “aaaaah”s de admiração e expressões como “Ai meu Deus!” ditas em tom de surpresa. Num filme como Noites de tormenta é difícil segurar a emoção e não chorar, logo ouvi diversos barulhinhos de choro. Eu mesmo me segurei, mas deixei escapar uma lágrima. Para quem gosta de romances e dramas, fica a dica de um ótimo filme.

Trailer aqui, e site oficial aqui.

sexta-feira, outubro 3

Nada

Hoje estou fechado. Quer dizer, hoje minha mente está fechada. Meu canudinho mental só pode estar entupido, já que não tive acesso ao grande milk-shake de idéias. Gostaria de escrever sobre tantas coisas, tantos assuntos que me são interessantes. Sei sobre o que quero falar, mas na hora de expressar tudo em palavras, cai um véu difuso sobre as idéias e me deixa às escuras. Sem saber para onde ir.

Só para ter uma noção, hoje já tentei falar sobre o mês de outubro, sobre os 88 dias que nos separam de um novo ano, meus planos de viagens, as coleções que as pessoas fazem, uma ação publicitária feita por uma empresa de aspiradores de pó, além da desventurada tentativa de fazer uma crítica a alguma coisa. O que quer que seja. Mas como já disse, hoje estou fechado. Talvez o véu seja retirado e eu possa ter acesso às minhas próprias idéias. Mas enquanto isso, estou cinza.

Obs: estou de bom humor, só não consigo escrever sobre nada!