Paris, França. Esse é o destino dos meus sonhos. Quem me conhece um pouco, sabe que eu nutro um amor incondicional pela cidade-luz. O Louvre, a Torre Eiffel, o Jardim das Tuileries, o Arco do Triunfo, a grande biblioteca, o Montparnasse, o canal de San-Matieu,a Champs Elysees; tudo isso me encanta e me faz sonhar.
Analisando criticamente os locais descritos, dá pra perceber que se fosse a Paris hoje, eu seria apenas mais um turista perdido na cidade. Sim, pois os locais que eu gostaria de visitar são os mesmos que todo mundo conhece.
Domingo passado, porém, isso mudou. Ao assistir o filme “Paris je T´aime”, percebi que a cidade que eu quero visitar é outra. O que eu quero realmente conhecer em Paris são as pequenas coisas do dia-a-dia, as atitudes dos parisienses, as idiossincrasias daquele lugar. Obviamente, a parte mais glamurosa da cidade continua a me despertar interesse, mas não tanto quanto antes.
Paris je T´aime é um filme coletivo. A 18 famosos diretores foi proposto contar casos de amor, tendo como plano de fundo Paris. Podia ser qualquer tipo de amor: entre amigos, entre desconhecidos, entre pai e filho, entre irmãos, entre pessoas que já se foram, entre pessoas que não se foram, mas que estão longe... O resultado são duas horas da mais bela arte. Feito com pura simplicidade, o filme extravasa reflexão. Os curtas mostram sem perder o ritmo, que a beleza de Paris está em todos os lugares. Numa estação de metrô, numa pracinha escondida, no alto de um prédio. Onde quer que haja um parisiense amando, ali está um pontinho de luz.
Eu particularmente não estou acostumado com filmes assim. No começo tentei estabelecer paralelos entre os curtas, mas isso logo provou ser uma tarefa dispensável. A beleza de Paris je T´aime é justamente se deixar levar por diversas histórias aparentemente desconexas. Ao longo das narrativas, um fato me chamou a atenção: originalmente, Paris deveria aparecer como plano de fundo nos curtas. Mas para mim que sou apaixonado pela cidade, a cada narrativa, ela resplandecia amor e encanto sobre seus personagens.
Para esse filme, não só 5 estrelas e um Leão de Cannes. Mas sim toda uma constelação e uma salva de palmas de ouro. Para os apaixonados por Paris (e isso inclui você Nathália) fica a obrigação de assistir. Para mim, fica a convicção de um sentimento e a certeza de poder dizer: Oui Paris, jê T´aime, j´adore.
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Este post deve ser lido escutando a primeira-dama