Todos os filmes mexem com nossas emoções de alguma maneira. Podem nos alegrar, irritar, nos fazer rir, ou mesmo chorar. Porém, quando os assistimos no cinema a história é diferente. Tudo se torna mais real, mais alheio a nossa vontade.
Ontem assisti “Nights in Rodanthe”, ou em sua versão em português “Noites de Tormenta” e posso afirmar que é o tipo de filme próprio para as grandes telas. Ele conta a história de Adrienne, mãe de dois filhos e recém-separada que tenta superar o término do casamento apesar das tentativas de reconciliação do ex-marido. Para espairecer, Ade decide passar um fim de semana na pousada de sua amiga, já que esta precisava viajar. Lá ela cuida de um único hóspede, o médico Paul, que depois de uma cirurgia mal sucedida tenta reconquistar a confiança do filho e confortar de alguma maneira a família de sua paciente. A medida que os dias vão passando, os dois vão se tornando mais íntimos, e numa noite de tempestade, finalmente ficam juntos. A partir daí, um belo amor se desenrola por meio de cartas, já que Paul precisava fazer uma viagem. Como não poderia faltar, o final guarda uma surpresa desconcertante.
Em Noites de Tormenta, tudo é arranjado para que o clima de romance seja percebido em diversos momentos. Desde a casa da pousada, uma belíssima construção a beira-mar, até a festa do caranguejo da pequena cidade, tudo remete a um singelo amor. Em uma cena no ateliê da pousada, Adrienne mostra a Paul uma caixinha de madeira que ela fez. Segundo ela, aquela caixa servia para proteger tudo e todos que ela amava. Paul não perde a chance e lança uma pergunta clássica “E quem protege você?”. Momentos assim permeiam todo o filme e deixam no ar um sentimento de doce paixão.
Escrito por Nicholas Sparks, o mesmo criador de “Um amor para recordar” e “Diário de nossa paixão”, o filme é dirigido por George C Wolfe. O elenco é formado por Diane Lane, Richard Gere, James Franco, Scott Glenn, Christopher Meloni, Mae Whitman, Viola Davis, Pablo Schreiber, Charlie Tahan, Austin James.
Uma peculiaridade que só o cinema oferece é poder analisar a reação de diversas pessoas ao que está sendo exibido. Ao longo do filme escutei risadas, alguns “aaaaah”s de admiração e expressões como “Ai meu Deus!” ditas em tom de surpresa. Num filme como Noites de tormenta é difícil segurar a emoção e não chorar, logo ouvi diversos barulhinhos de choro. Eu mesmo me segurei, mas deixei escapar uma lágrima. Para quem gosta de romances e dramas, fica a dica de um ótimo filme.